sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O que aprender com Ser Jurado


Boa Tarde pessoal, hoje vou explanar um pouco da minha experiência como jurada em um júri popular. Nos, meros cidadãos, estamos todos sujeitos a praticar um crime, seja em momento de fúria, loucura ou tristeza, por exemplo no ato de tristeza, uma pessoa depressiva que tenta suicídio e não obtém êxito, essa deverá pagar por seu crime que é o de tentar tirar a própria vida, num ato de loucura, onde a pessoa está totalmente fora de si, sendo capaz de qualquer coisa e o momento de fúria, onde a pessoa fica cega de ódio e acaba fazendo uma besteira. Bom isso pode acontecer, crimes não e somente crimes contra vida, tem diversos outros tipos de crimes praticados através de emoções momentâneas ou a falta delas. Ontem ocorreu um julgamento onde seria julgado um homicídio simples, no presente momento que foi informado sobre o caso, ao ouvir a testemunha, a ré, o promotor de justiça, o advogado de defesa, e a juíza, a percepção dos fatos foram mudando e nesse caso a ré foi absolvida, por falta de provas, mas quem deu  a oportunidade dela ficar livre, fomos nós os jurados, nesse momento, vi que temos um poder muito grande em nossas mãos sobre sacrificar e salvar uma pessoa, imagina no caso dessa mulher, sendo presa injustamente, pois ela estava em companhia de outra no dia do crime, onde a mesma sumiu no mundo deixando todo peso para ré, que nos últimos minutos deu sua versão dos fatos, disse que a outra havia cometido o ato e que ela foi presa por medo do que poderia acontecer com ela e seus filhos. 

Nós pagamos pelos nossos erros, aprendemos bastante apanhando, mas e se fôssemos nós a sermos julgados? Algo que já é passado volta com toda força e vamos colher o que plantamos. Essa mulher colheu dificuldades, hoje ela quem sustenta dois filhos e 1 neto pequeno, claro que na hora do julgamento devemos fazer o juramento de agir de acordo com os fatos, mas eu acreditei q ela era inocente, até porque a testemunha deixou uma pista, mesmo não tendo provas suficientes pada incriminá-la, que deixou essa convicção em mim. O advogado de defesa e também o promotor de justiça informaram que a proposta que eles apresentariam era de absolvição, justamente por condenar um suposto inocente, por falta de provas. Nós sermos crucifixados é horrível, uma pessoa vir e decidir sobre sua vida é péssimo, você não ter liberdade é você para de viver, todos os dias existem julgamentos e temos a oportunidade de dar absolvição ou culpabilização, mas será que é justo? Realmente vai ser válido se optar pela culpabilização? Imagina quantas vezes houve o julgamento e a primeira coisa que ocorre é um ambiente pesado, aquilo ali que estão nos julgando ele desce e fica no nosso coração, a gente só vai alimentando e quando surge uma brecha volta com força novamente e nos vemos repetindo o julgamento que nos foi dado.


A lição importante é que por ter o julgamento, isso não só destrói nós mesmos, como passamos também a destruir a vida do próximo que amamos principalmente, porque vamos levando essa carga de palavras ruins e uma hora descarregamos, seja no próximo seja em nós mesmos.

Ser jurado é ser jurado da própria vida.  

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