O que aprender com Setembro Amarelo

Bom Dia, fiquei umas duas semanas afastada por motivos pessoais e essa semana resolvi postar o assunto mais comentando do mês de Setembro que é a prevenção ao suicídio. O suicídio ocorre por que a pessoa está com depressão, e acaba se tornando uma depressão profunda, mostrando duas opções cabíveis na visão de quem sofre com essa doença, morrer um pedir ajuda. Tem pessoas que ainda pensam que depressão é algo muito bobo, mas nunca saberão o que realmente é se não passam. 

A pessoa se sente um nada, tanto que ela entra em depressão por decepções que se sucedem, não é fácil uma pessoa depressiva conseguir lidar com o fardo sozinha, a pessoa também não é fraca somente por entrar no ciclo, depressão não escolhe quem será o próximo, ela vem repentinamente. Os sintomas começam a aparecer, a vida começa a ficar sem cor, os problemas parecem ser maiores a cada dia, a frustração toma conta da pessoa, ela se desespera por dentro e assim começa a se afastar de tudo, até os momentos que eram felizes, viram verdadeiros desafios no dia, a pessoa deseja permanecer quieta no canto, se vendo sozinha cada vez mais, sentindo-se presa nesse turbilhão de problemas. Até que um dia, a cabeça está a ponto de explodir, a pessoa mais e mais agoniada só vê uma opção para resolver esse emaranhado, o suicídio, que se torna muito convidativo para situação e a pessoa infelizmente dá um fim a sua vida. 

Sei muito bem desses sentimentos, pois eu vivi na pele a tentativa de suicídio e a depressão, sou nova, porém me decepcionava facilmente, tudo ao me ver era horrível até que um dia eu não aguentei e senti que minha cabeça explodiria, tentei e não obtive o que queria no momento, hoje eu me arrependo, pois eu vi como a vida é valiosa, eu fui salva pelas palavras da minha mãe, ela me explicou que a vida era muito mais do que os problemas, que os problemas eram passageiros e que a dor um dia sumiria, dito e feito, hoje completa mais de 3 anos que posso sorrir e ver que a vida vale a pena, que a felicidade de admirar as pequenas coisas são reais, que tenho pessoas que posso contar, que eu tenho vida e ela é muito colorida.

A única dica que posso deixar é que vocês comecem a admirar as pequenas coisas, por mais que seja difícil, por mais que seja pesado. Lembrem-se dos momentos maravilhosos que vocês tiveram, sendo sozinhos ou não, das conquistas que foram alcançadas e que os trouxeram até o agora, da felicidade de fazer coisas prazerosas mesmo que pequenas, anotem suas conquistas diárias como por exemplo fazer uma caminhada, cozinhar, observar paisagens e etc. Toda conquista deve ser comemorada se hoje é difícil de se cumprir. Não desistam a nenhum momento, a vida é bela e nós somos únicos e especiais. Se precisarem de ajuda não hesitem, existem pessoas que podem ajudar.

Na luta contra o suicídio!   

O que aprender com Ser Jurado

Boa Tarde pessoal, hoje vou explanar um pouco da minha experiência como jurada em um júri popular. Nos, meros cidadãos, estamos todos sujeitos a praticar um crime, seja em momento de fúria, loucura ou tristeza, por exemplo no ato de tristeza, uma pessoa depressiva que tenta suicídio e não obtém êxito, essa deverá pagar por seu crime que é o de tentar tirar a própria vida, num ato de loucura, onde a pessoa está totalmente fora de si, sendo capaz de qualquer coisa e o momento de fúria, onde a pessoa fica cega de ódio e acaba fazendo uma besteira. Bom isso pode acontecer, crimes não e somente crimes contra vida, tem diversos outros tipos de crimes praticados através de emoções momentâneas ou a falta delas. Ontem ocorreu um julgamento onde seria julgado um homicídio simples, no presente momento que foi informado sobre o caso, ao ouvir a testemunha, a ré, o promotor de justiça, o advogado de defesa, e a juíza, a percepção dos fatos foram mudando e nesse caso a ré foi absolvida, por falta de provas, mas quem deu  a oportunidade dela ficar livre, fomos nós os jurados, nesse momento, vi que temos um poder muito grande em nossas mãos sobre sacrificar e salvar uma pessoa, imagina no caso dessa mulher, sendo presa injustamente, pois ela estava em companhia de outra no dia do crime, onde a mesma sumiu no mundo deixando todo peso para ré, que nos últimos minutos deu sua versão dos fatos, disse que a outra havia cometido o ato e que ela foi presa por medo do que poderia acontecer com ela e seus filhos. 

Nós pagamos pelos nossos erros, aprendemos bastante apanhando, mas e se fôssemos nós a sermos julgados? Algo que já é passado volta com toda força e vamos colher o que plantamos. Essa mulher colheu dificuldades, hoje ela quem sustenta dois filhos e 1 neto pequeno, claro que na hora do julgamento devemos fazer o juramento de agir de acordo com os fatos, mas eu acreditei q ela era inocente, até porque a testemunha deixou uma pista, mesmo não tendo provas suficientes pada incriminá-la, que deixou essa convicção em mim. O advogado de defesa e também o promotor de justiça informaram que a proposta que eles apresentariam era de absolvição, justamente por condenar um suposto inocente, por falta de provas. Nós sermos crucifixados é horrível, uma pessoa vir e decidir sobre sua vida é péssimo, você não ter liberdade é você para de viver, todos os dias existem julgamentos e temos a oportunidade de dar absolvição ou culpabilização, mas será que é justo? Realmente vai ser válido se optar pela culpabilização? Imagina quantas vezes houve o julgamento e a primeira coisa que ocorre é um ambiente pesado, aquilo ali que estão nos julgando ele desce e fica no nosso coração, a gente só vai alimentando e quando surge uma brecha volta com força novamente e nos vemos repetindo o julgamento que nos foi dado.

A lição importante é que por ter o julgamento, isso não só destrói nós mesmos, como passamos também a destruir a vida do próximo que amamos principalmente, porque vamos levando essa carga de palavras ruins e uma hora descarregamos, seja no próximo seja em nós mesmos.

Ser jurado é ser jurado da própria vida.